segunda-feira, 14 de junho de 2010

Itália arranca empate com Paraguai




De Rossi corre para comemorar gol de empate

O campeão mundial de 2006 começou a Copa com dificuldades. A Itália iniciou a participação na Copa do Mundo de 2010 saindo atrás no placar, e tendo de arrancar um empate por 1 a 1 contra o Paraguai, no jogo que fechou o primeiro dia do grupo F no Mundial.

O primeiro tempo na Cidade do Cabo já começou concorrido. Logo aos 30 segundos de jogo, Riccardo Montolivo foi atingido na canela por Cristian Riveros e caiu no chão, com dores. No entanto, o meio-campista italiano logo se levantou.

Aos poucos, a Itália foi reagindo. Aos 11 minutos, Domenico Criscito cruzou da esquerda, e a zaga paraguaia afastou. E, aos 18, Gianluca Zambrotta levantou a bola na área, da direita, mas Alberto Gilardino não a alcançou, e ela saiu à direita do gol de Justo Villar.

O Paraguai só foi criar a primeira chance aos 20 minutos, quando, após cobrança ensaiada de escanteio, a bola sobrou com Riveros, que cabeceou. A bola resvalou num defensor italiano e saiu, para novo escanteio.

No entanto, aos 21 minutos, veio a maior chance italiana de gol. Enrique Vera falhou na saída de bola, e Montolivo tomou a posse dela no meio-campo. Entretanto, o camisa 22 italiano demorou para chutar, permitindo a recuperação da defesa paraguaia. Quando mandou o arremate cruzado, Montolivo mandou a bola para fora.

Partida foi muito truncada no primeiro tempo

No minuto seguinte, veio o Paraguai. Aos 22, após cruzamento, a bola sobrou com Aureliano Torres, que tentou arrematar para as redes. A bola, porém, saiu fraca, e foi pela linha de fundo, à esquerda do gol de GianlUigi Buffon. A Itália só voltou a responder numa sequência de escanteios. Num deles, aos 28, Claudio Marchisio cobrou escanteio da direita, e Antolín Alcaraz, na pequena área, tocou a bola para fora.

Porém, quando a Azzurra parecia tranquila em campo, a Albirroja abriu o placar. Aos 39 minutos, Torres cobrou falta pela direita, e a bola foi parar na cabeça de Alcaraz, que subiu sozinho e cabeceou no canto esquerdo de Buffon, abrindo o placar para a Albirroja.

Mesmo assim os paraguaios abriram o placar ainda na primeira etapa

No segundo tempo, a Itália perdeu um importante homem: com lesão muscular, Buffon deu lugar ao goleiro reserva, Federico Marchetti. Mas a Azzurra chegou primeiro ao ataque. Aos oito minutos, em cruzamento de Zambrotta para a área, a bola foi à segunda trave, e Simone Pepe tentou mandar a bola para o gol, com uma bicicleta. Porém, errou o alvo, e a bola foi para fora.

Depois, aos 10 minutos, o Paraguai veio. Vera recebeu passe, chegou à grande área pela direita e bateu perigoso, ao lado de Marchetti. A Itália devolveu no minuto seguinte: Montolivo cortou para o meio e bateu, da meia-lua, mas Villar agarrou a bola com segurança. Depois, aos 15, Mauro Camoranesi tentou cruzamento para a área, em direção ao gol, mas Villar se esticou e conseguiu a defesa.

Até que, aos 18 minutos, saiu o gol de empate italiano. Da direita, Pepe cobrou escanteio para a área. Villar saiu mal do gol, não alcançou a bola, e Daniele De Rossi apenas teve o trabalho de escorar para o gol, balançando as redes e empatando o jogo.

Motivada pelo empate, a Itália seguiu atrás da virada. Aos 25 minutos, Gilardino tentou chute na área, mas foi travado. Aos 35, Pepe recebeu passe de Antonio Di Natale e bateu para a defesa de Villar. E o goleiro paraguaio voltou a aparecer bem aos 39, quando Montolivo bateu forte e rasteiro para Villar espalmar. E a partida ficou mesmo no empate.

De Rossi, no entanto, empatou o jogo para os italianos

Ficha técnica

Itália 1x1 Paraguai

Local: Estádio Green Point, Cidade do Cabo
Data: 14/06, segunda-feira
Árbitro: Benito Archundia (MEX)
Gols: Antolín Alcaraz aos 39'/1T (Paraguai); Daniele De Rossi aos 18'/2T (Itália)
Cartões amarelos: Victor Caceres (Paraguai); Mauro Camoranesi (Itália)

Itália
1-Gianluigi Buffon (12-Federico Marchetti no intervalo); 19-Gianluca Zambrotta, 5-Fabio Cannavaro, 4-Giorgio Chiellini e 3-Domenico Criscito; 6-Daniele De Rossi, 22-Riccardo Montolivo, 15-Claudio Marchisio (16-Mauro Camoranesi aos 14'/2T), 7-Simone Pepe e 9-Vincenzo Iaquinta; 11-Alberto Gilardino (10-Antonio Di Natale aos 27'/2T). Técnico: Marcello Lippi.

Paraguai
1-Justo Villar, 6-Carlos Bonet, 21-Antolin Alcaraz, 14-Paulo da Silva e 3-Claudio Morel Rodríguez; 13-Enrique Vera, 15-Victor Caceres, 16-Cristián Riveros e 17-Aureliano Torres (11-Jonathan Santana aos 15'/2T); 18-Nelson Haedo Valdez (9-Roque Santa Cruz aos 24'/2T) e 19-Lucas Barrios (7-Oscar Cardozo aos 31'/2T). Técnico: Gerardo Martino

Camarões decepciona e Japão vence a primeira




Honda (centro) comemora o seu gol

O Japão venceu Camarões por 1 a 0 no estádio Free State, em Bloefontein, no segundo jogo do grupo E na Copa do Mundo, nesta segunda-feira. O gol da vitória foi marcado por Keisuke Honda, no final do primeiro tempo. Com o resultado, os japoneses ficam atrás da Holanda, que bateu a Dinamarca por 2 a 0 mais cedo, na classificação.

A seleção de Samuel Eto’o começou chegando mais ao campo de ataque no primeiro tempo, mas sempre com lances de bola parada. Com Eto’o aberto do lado direito e Pierre Webo como centroavante, o time criou pouco.

Camarões chegou ao ataque com mais força nas bolas paradas, especialmente pela meia esquerda. Aos poucos, o Japão ganhou espaço e passou aproveitar o espaço deixado por Benoit Assou-Ekoto do lado esquerdo da defesa dos africanos. O meia Daisuke Matsui aproveitava o espaço e dava trabalho ao lateral.

Em uma cobrança de lateral, Enoh recebeu e bateu de primeira de fora da área, aos 37, para defesa do goleiro japonês. Mas quem abriu o placar foi Keisuke Honda, um minuto depois. Matsui levantou a bola na área da direita, a bola passou por todo mundo e Honda teve tempo de dominar e tocar para as redes.

Camarões se aproximou do gol de empate aos três minutos. Eto’o, cercado por três, fez jogada de ponta e tocou para trás, para Choupo-Moting bater mal para fora. Foi a melhor chance de Camarões no jogo.

Aos 36 minutos, o capitão Makoto Hasebe arriscou uma bomba de fora da área, que obrigou Soleymanou Hamidou a se esforçar muito para defender. No rebote, Shinji Okazaki, que entrou no segundo tempo, chutou na trave, mas o lance estava parado porque o atacante estava impedido.

Aos 40 minutos, Camarões chegou perto de novo. Stephane Mbia chutou fort e a bola balançou o travessão. Honda também assustou em chute de fora, que o goleiro Hamidou quase largou e tomou um frango.

Ficha técnica:

Japão 1x0 Camarões

Local: Estádio Free State, Bloemfontein
Data: 14/06, segunda-feira
Árbitro: Olegário Benquerença (POR)
Gol: Keisuke Honda aos 38’/1T
Cartões amarelos: Nicolas Nkoulou (Camarões); Yuki Abe (Japão)

Japão
21-Eiji Kawashima; 5-Yuto Nagatomo, 22-Yuji Nakazawa, 4-Marcos Tulio Tanaka e 3-Yuichi Komano; 2-Yuki Abe e 17-Makoto Hasebe (20-Junichi Inamoto aos 42'/2T); 8-Daisuke Matsui (9-Shinji Okazaki aos 24'/2T), 18-Keisuke Honda e 7-Yasuhito Endo; 16-Yoshito Okubo (12-Yoshito Yano aos 36'/2T)). Técnico: Takeshi Okada.

Camarões
16-Souleymanou Hamidou; 19-Stephane Mbia, 5-Sebastien Bassong, 3-Nicolas N'Koulou e 2-Benoit Assou-Ekotto; 21-Joel Matip (10-Achille Emana aos 18’/2T), 11-Jean Makoun (8-Njitap Geremi aos 30'/2T) e 18-Eyong Enoh; 9-Samuel Eto'o, 15-Pierre Webó e 13-Choupo-Moting (17-Mohamadou Idrissou aos 30'/2T). Técnico: Paul Le Guen.

Confira o gol:



GRUPO F

Itália [Favorita]

Até onde podem chegar os veteranos de 2006?


O craque

Gianluigi Buffon, 32 anos
Juventus (Itália)
Há mais de uma década considerado um dos maiores goleiros do mundo, ficou famoso pelas defesas à queima-roupa. Dentro da grande área, existem poucos com sua personalidade e senso de antecipação. Ficou 453 minutos sem sofrer gol na Copa de 2006 e por pouco não igualou a marca de Zenga em 1990.

A atual campeã do mundo chega envelhecida à África do Sul, sem grandes renovações em relação ao time campeão em 2006. O aspecto positivo: entrosamento. O negativo: a média de idade na casa dos 30 anos de um elenco repleto de jogadores em decadência física e técnica. A equipe foi superada sem grandes dificuldades por Egito e Brasil na Copa das Confederações, no ano passado. A péssima campanha custou a cabeça do treinador Roberto Donadoni e resultou na volta de Marcello Lippi. Foi um desfecho natural, sobretudo porque na Eurocopa de 2008 o desempenho também fora medíocre. Mas, por mais óbvio que soe, Itália é Itália, em busca do penta que apenas o Brasil tem.

Fique de olho

Daniele De Rossi, 26 anos
Roma (Itália)
Visto como o futuro capitão da Azzurra, o volante se destaca por também ajudar na criação de jogadas.



Paraguai [Surpresa]

Fortalecidos pela tragédia

O craque

Roque Santa Cruz, 28 anos
Manchester City (Inglaterra)
Segundo maior artilheiro da seleção paraguaia na história - atrás apenas de José Cardozo -, Santa Cruz teve a carreira marcada por gols e contusões. Chegou à Europa aos 18 anos e logo ganhou nome internacional, mas constantemente sofre com problemas no joelho. Na ausência de Cabañas, é nele que a torcida deposita suas esperanças.

Grande surpresa nas eliminatórias sul-americanas, em que liderou boa parte da competição e terminou em terceiro, apenas um ponto atrás do Brasil e com a mesma pontuação do Chile, a equipe desembarca na África do Sul abalada pelo acidente em que se envolveu o atacante Salvador Cabañas. O principal artilheiro do time levou um tiro na cabeça durante uma briga de bar no México, onde atuava. Apesar do choque, o técnico Gerardo Martino tem em suas mãos uma geração talentosa, capaz de enfim romper a barreira das oitavas de final. Mesmo sem poder estar em campo para ajudar com seus gols, Cabañas servirá como um bom incentivo a seus companheiros.

Fique de olho

Nelson Haedo Valdez, 26 anos
Borussia Dortmund (Alemanha)
Atacante rápido e de muita movimentação, ele não se destaca por marcar gols, mas por servir os companheiros.




Eslováquia [Zebra]

Boas-vindas à estreante


O craque

Marek Hamsik, 22 anos, é um talento precoce. Com estilo frequentemente comparado ao dos ingleses Paul Scholes e Frank Lampard, o meia do Napoli é o homem capaz de decidir e ditar o ritmo das partidas.

Única estreante desta Copa, a seleção eslovaca chega a sua primeira competição internacional desde que a Checoslováquia deixou de existir, em 1993. Ironicamente, caiu no mesmo grupo da República Checa nas eliminatórias, mas deixou os rivais para trás e conquistou a vaga. O time de Vladimir Weiss, de 46 anos, um dos mais jovens treinadores da Copa, tem bons talentos, como Marek Hamsik, mas a falta de jogadores do mesmo nível será um obstáculo para causar uma nova surpresa.

Nova Zelândia [Zebra]

O saco de pancadas de 2010

O craque

Ryan Nelsen, 32 anos, é um raro caso de neozelandês em atividade na Europa - joga no inglês Blackburn. Zagueiro e capitão de sua seleção, tem no papel de líder sua principal função dentro de campo.

Beneficiada pela saída da Austrália para a Confederação Asiática e pela mudança do adversário na repescagem - em vez do quinto sul-americano, um asiático -, a Nova Zelândia chega a sua segunda Copa. É uma equipe fraca, sem tradição alguma no futebol, para a qual o simples fato de ir à África do Sul já é um feito. Apesar da fragilidade técnica, Ricki Herbert, de 49 anos, arma o time para a frente, aposta na força física e no jogo aéreo. Promessa de chuva de gols - para o adversário.

GRUPO E

Holanda [Surpresa]

Um carrossel lento, mas ainda produtivo

O craque

Wesley Sneijder, 26 anos
Inter de Milão (Itália)
Revelado pelo Ajax e preterido pelo Real Madrid, este polivalente meio-campista foi um dos principais nomes da Inter de Milão na vitoriosa campanha da Liga dos Campeões. Raçudo, destaca-se também pelos chutes de longa distância, famosos pelas curvas que confundem os goleiros. Peca pelo pavio curto.

Oito jogos, oito vitórias, dezessete gols a favor, dois contra. Eis a campanha da Holanda nas eliminatórias, a primeira seleção europeia a se classificar para a Copa. Foi uma contundente resposta à decepção vivida na Euro 2008, quando o time encantou na primeira fase e decepcionou ao cair diante da Rússia. Agora, o estilo ultraofen-sivo deu lugar a um esquema mais balanceado, com jogadores que confundem os adversários com trocas constantes de posição e tocam a bola com paciência, esperando o momento certo do bote. Essas são as armas do treinador Bert van Marwijk para pôr fim ao "quase" da Holanda em Mundiais, vice em 1974 e 1978. Já não há a mágica do "Carrossel" de Cruyff e cia. de 1974, mas a seleção laranja é sempre perigosa.

Fique de olho

Arjen Robben, 26 anos
Bayern de Munique (Alemanha)
Um azougue pelos lados do campo, com arrancadas fulminantes, dribles rápidos e chutes imprevisíveis.



Camarões [Surpresa]

Ingenuidade é coisa do passado


O craque

Samuel Eto’o, 29 anos
Inter de Milão (Itália)
Depois de brilhar no Barcelona ao lado de Ronaldinho Gaúcho, o capitão camaronês tornou-se um dos maiores atacantes do mundo. Rápido e habilidoso, é o líder e a grande esperança de gols da seleção. O problema: se ele for bem marcado, a equipe perde poder ofensivo.

A classificação da seleção camaronesa para a Copa marca um recorde: é a equipe africana que mais vezes (seis) disputou o torneio. É uma compensação ao fracasso de 2006, quando Camarões nem sequer passou pelas eliminatórias. O time é experiente, tem quatro jogadores que estiveram em 2002 na Coreia-Japão: Samuel Eto’o, Kameni, Rigobert Song e Geremi. Convém esquecer, desta vez, a ingenuidade e a displicência das equipes anteriores, como a de Roger Milla, surpresa efêmera em 1990.

Fique de olho

Alexandre Song, 22 anos
Arsenal (Inglaterra)
Por sua versatilidade, virou titular do Arsenal, no qual joga como zagueiro, volante ou lateral direito.




Dinamarca [Surpresa]

Tradição escandinava


O craque

Nicklas Bendtner, 22 anos, ganhou espaço rapidamente no time titular do Arsenal inglês. Alto (1,91 metro) e forte, destaca-se não somente pela jogada aérea e pela velocidade, mas por servir bem os colegas.

Esqueça a Dinamáquina, time que encantou o mundo em 1986, e também a seleção de 1998, eliminada pelo Brasil nas quartas de final. A equipe atual não tem o brilho desses times, menos ainda o talento de Michael Laudrup, presente nos dois Mundiais. Mesmo assim, o time de Morten Olsen, de 60 anos, é do tipo que sempre dá trabalho. Deixou para trás a Suécia de Ibrahimovic e o Portugal de Cristiano Ronaldo nas eliminatórias e, mesmo num grupo complicado, quer mais uma vez ocupar o papel de azarão.

Japão [Zebra]

Os melhores da Ásia

O craque

Shunsuke Nakamura, 31 anos, do Yokohama Marinos, é fundamental na armação de jogadas. Meia canhoto, é ao mesmo tempo habilidoso e veloz. Já atuou na Itália, na Espanha e na Escócia.

Mais bem preparada seleção da Ásia nas últimas décadas, com três títulos do continente em cinco disputados, a equipe japonesa vai a sua quarta Copa consecutiva com ambição alta. "Meu objetivo é a semifinal", exagera o treinador Takeshi Okada, de 53 anos, o mesmo que levou a seleção a um Mundial pela primeira vez, em 1998. O problema é a falta de gols, preocupação recorrente há tempos. Solução? Um atacante isolado na frente e meias hábeis e velozes.

Holanda estreia com vitória tranquila na Copa





Holanda estreia com vitória

A Holanda estreou com vitória na Copa do Mundo nesta segunda-feira, ao bater a Dinamarca por 2 a 0 no Soccer City, em Joanesburgo. Mas os três pontos só vieram graças a um gol contra de Simon Poulsen, no início da segunda etapa. Já no fim, Kuyt marcou o segundo da Oranje.

Durante os primeiros 20 minutos de partida, as equipes criaram chances apenas em chutes de longa distância. Aos cinco, Sneijder cobrou falta, por cima do gol de Sorensen. Logo em seguida, a Dinamarca respondeu também em bola parada. Enevoldsen mandou para fora do gol.

Kuyt tentou aos nove, mas chutou para longe. A primeira jogada de criatividade do ataque da Oranje aconteceu aos 19’, quando van Persie deu grande passe para van der Vaart, que foi travado na hora do arremate.

O jogo estava truncado e foi a Dinamarca que criou a melhor chance aos 26 minutos. Após cruzamento de Rommedahl, Bendtner cabeceou fraco e a bola passou perto da trave, pelo lado direito. Aos 33, a Dinamarca puxou contra-ataque rápido e Rommedahl chutou forte, de longe, para defesa segura de Stekenlenburg.

Três minutos depois, um novo contra-ataque dinamarquês exigiu mais uma boa defesa do goleiro da Holanda, após batida de Kahlenberg. A Holanda só voltou a assustar no finzinho do primeiro tempo, quando van Persie fez jogada individual no lado direito da área, mas mandou para fora.

O primeiro tempo acabou sem gols. A Holanda teve 60% da posse de bola, mas a Dinamarca foi quem criou chances mais perigosas. Depois de a etapa inicial ter poucas emoções, o segundo começou com tudo.

Antes do primeiro minuto, van Persie cruzou pela esquerda e, na hora de afastar, Simon Poulsen errou a cabeçada e mandou a bola para o gol. Ela ainda desviou em Agger antes de entrar. Foi o primeiro gol contra da Copa do Mundo.

A Holanda quase ampliou aos 13 minutos, após cruzamento rasteiro de van Persie, van der Vaart pegou meio de calcanhar e obirgou Sorensen a fazer grande defesa. Depois do gol, a Dinamarca só conseguiu assustar aos 22 minutos, em um chute de Agger.

Aos 28 minutos, Eljero Elia, que havia entrado na Holanda, fez boa jogada e tocou para van Bommel, que chutou forte, na rede pelo lado de fora. Aos 37 minutos, a Holanda teve grande chance, quando o chute de Sneijder bateu no travessão. Mas, dois minutos mais tarde, Kuyt marcou o segundo da Oranje.

Elia fez grande jogada pela esquerda do campo, ficou na cara do gol e deu um toque pelo lado de Sorensen. A bola bateu na trave e, na volta, o atacante do Liverpool marcou o gol. O terceiro só não saiu porque Simon Poulsen tirou um gol certo de Afellay, em cima da linha.

A Holanda volta a campo no dia 19, contra o Japão. Os dinamarqueses jogam no mesmo dia, contra a seleção de Camarões.


Ficha Técnica:

Holanda 2x0 Dinamarca

Local: Soccer City, Joanesburgo
Data: 14/06, segunda-feira
Árbitro: Stephane Lannoy (FRA)
Público: 83.465
Gols: Simon Poulsen, contra, a 1’/2T e Dirk Kuyt aos 40’/2T (Holanda)
Cartões Amarelos: Nigel de Jong e Robin van Persie (Holanda); Simon Kjaer (Dinamarca)

Holanda
1-Maarten Stekelenburg; 2-Gregory van der Wiel, 3-John Heitinga, 4-Joris Mathijsen e 5-Giovani van Bronckhorst; 6-Mark van Bommel e 8-Nigel de Jong (14-Demy de Zeeuw aos 43’/2º); 7-Dirk Kuyt, 10-Wesley Sneijder e 23-Rafael van der Vaart (17-Eljero Elia aos 21’/2º) ; 9-Robin van Persie (20-Ibrahim Afellay aos 32’/2º). Técnico: Bert van Mawijk.


Dinamarca
1-Thomas Sorensen; 6-Lars Jacobsen, 3-Simon Kjaer, 5-Daniel Agger e 15-Simon Poulsen; 20-Thomas Enevoldsen (8-Jesper Gronkjaer aos 10’/2º), 2-Christian Poulsen, 12-Thomas Kahlenberg (21-Christian Eriksen aos 27’/2º) e 10-Martin Jorgensen; 19-Dennis Rommedahl e 11-Nicklas Bendtner (17-Mikkel Beckmann aos 16’/2º). Técnico: Morten Olsen.


Confira os gols:


No ataque, Alemanha goleia Austrália


Após jogos de placares magros, finalmente uma seleção conseguiu fazer muitos gols na Copa do Mundo. Foi a Alemanha, que se valeu de um bom dia de seus atacantes para golear a Austrália por 4 a 0, em Durban, na estreia das duas equipes pelo grupo D da Copa do Mundo.
No início do jogo, quem chegou foi a Austrália. Aos três minutos, escanteio foi cobrado da esquerda, e a bola foi escorada para Richard García, que bateu na pequena área. A bola resvalou em Philipp Lahm, e o goleiro Manuel Neuer conseguiu tirar o perigo trazido pela Austrália.
Contudo, logo depois a Alemanha começou a impor seu jogo em campo. Aos seis minutos, Miroslav Klose chegou pela direita na grande área e bateu para o rebote do goleiro Mark Schwarzer. A bola sobrou com Mesut Ozil, passando para o chute de Thomas Muller, que mandou para escanteio.
Não demorou muito e, enfim, surgiu o gol que abriu o placar para a Alemanha. Aos oito minutos, pela direita, Ozil passou a bola a Muller. Já na área, o atacante alemão cruzou para trás e, ainda na grande área, mas do lado oposto, Lukas Podolski chutou forte. Schwarzer ainda tocou na bola, mas ela balançou as redes, decretando o 1 a 0 do Nationalelf.
Aos 20, os Socceroos voltaram a reagir. García recebeu de Brett Emerton, na entrada da área, cortou para a meia-lua e chutou, mas a bola passou por cima do gol de Neuer. Mas rapidamente a Alemanha conseguiu chegar: aos 22, Muller progrediu pela direita e cruzou rasteiro para a pequena área, mas Podolski não chegou a tempo para concluir.
No minuto seguinte, veio mais uma chance alemã. Podolski recebeu bola pela esquerda, chegou pelo lado e cruzou para a área, rasteiro. Bem posicionado, Miroslav Klose acabou completando para fora, mesmo livre na área.
Mas não demoraria muito para que o artilheiro da Copa de 2006 conseguisse fazer 2 a 0. Aos 27 minutos, da esquerda, Lahm cruzou para a área, Schwarzer saiu mal do gol, e Klose cabeceou para as redes, marcando o segundo alemão no jogo.
A partir de então, a Mannschaft dominou completamente as ações de ataque, e várias chances para o terceiro foram criadas. A primeira delas veio aos 30 minutos, Bastian Schweinsteiger fez passe em profundidade para Özil. O meio-campista livrou-se da linha de impedimento e saiu na cara de Schwarzer. No entanto, quando tocou, o arqueiro australiano conseguiu resvalar na bola, e Lucas Neill completou o serviço, tirando a bola da pequena área.
Logo depois, num espaço de um minuto, foram criadas duas chances. Aos 39, Lahm chegou à linha de fundo e cruzou para a área, mas Sami Khedira cabeceou por cima do gol. E aos 40, Podolski lançou Özil pela esquerda, e o camisa 8 alemão conseguiu driblar Schwarzer. No entanto, a bola avançou demais e saiu pela linha de fundo.
No segundo tempo, a Austrália até começou com uma tentativa de lance. Aos seis minutos, Brett Holman, que entrou no lugar de Vince Grella, saiu da marcação de Arne Friedrich e bateu cruzado. Porém, a bola passou à esquerda de Neuer, saindo pela linha de fundo.
Depois, voltou o domínio alemão. Aos nove minutos, em bonito lance, o time de Joachim Löw quase chegou ao gol: Lahm chegou pela direita, cruzou, e Özil fez o corta-luz para que Muller batesse forte, por cima do gol de Schwarzer.
E as chances de reação da Austrália diminuíram drasticamente no minuto seguinte. Após disputa de bola, Tim Cahill derrubou Schweinsteiger com um carrinho por trás. E o árbitro mexicano Marco Rodriguez expulsou o meio-campista australiano, diretamente.
Daí por diante, a Alemanha acumulou chances e mais chances. Aos 13 minutos, Özil veio pela direita e bateu rasteiro e cruzado, para a defesa de Schwarzer. E aos 14, na entrada da área, Sami Khedira passou a Klose. O atacante bateu, e Schwarzer defendeu parcialmente. No rebote, Klose deixou com Khedira, mas o meio-campista bateu para fora.
Até que, finalmente, vieram os gols. Aos 22 minutos, Lukas Podolski carregou a bola da esquerda para o meio, e passou a Thomas Muller. O atacante chegou à meia-lua, cortou Craig Moore e chutou cruzado e rasteiro. A bola ainda bateu na trave direita de Schwarzer antes de entrar.
E, aos 25, veio o gol que completou a goleada. Pela esquerda, Holger Badstuber fez o passe a Özil. E o meio-campista chegou à área e cruzou rasteiro, para a entrada de Cacau. E o atacante, que substituíra Klose, só teve o trabalho de escorar para as redes, completando o bom dia alemão.

Alemanha 4x0 Austrália

Local: Estádio Moses Mabhida, Durban
Data: 13/06, domingo
Árbitro: Marco Rodriguez (MEX)
Público: -
Gols: Lukas Podolski aos 8'/1º , Miroslav Klose aos 26'/1º,Thomas Muller aos 23'/2º e Cacau aos 25'/2º (Alemanha)
Cartões amarelos: Mesut Özil e Cacau (Alemanha); Lucas Neill, Craig Moore e Paul Valeri (Austrália)
Cartão vermelho: Tim Cahill (Austrália)
Alemanha
1-Manuel Neuer; 16-Philipp Lahm, 17-Per Mertesacker, 3-Arne Friedrich e 14-Holger Badstuber; 6-Sami Khedira, 7-Bastian Schweinsteiger, 8-Mesut Özil (23-Mario Gomez aos 29'/2º) e 13-Thomas Müller e 10-Lukas Podolski (21-Marko Marin aos 35'/2º); 11-Miroslav Klose (19-Cacau aos 23'/2º). Técnico: Joachim Löw.
Austrália
1-Mark Schwarzer; 8-Luke Wilkshire, 3-Craig Moore, 2-Lucas Neill e 11-Scott Chipperfield; 13-Vince Grella (14-Brett Holman no intervalo), 16-Carl Valeri, 7-Brett Emerton (15-Mile Jedinak aos 29'/2º), 5-Jason Culina e 19-Richard García (17-Nikita Rukavytsya aos 19'/2º); 4-Tim Cahill. Técnico: Pim Verbeek.

Confira os gols: