segunda-feira, 14 de junho de 2010

GRUPO E

Holanda [Surpresa]

Um carrossel lento, mas ainda produtivo

O craque

Wesley Sneijder, 26 anos
Inter de Milão (Itália)
Revelado pelo Ajax e preterido pelo Real Madrid, este polivalente meio-campista foi um dos principais nomes da Inter de Milão na vitoriosa campanha da Liga dos Campeões. Raçudo, destaca-se também pelos chutes de longa distância, famosos pelas curvas que confundem os goleiros. Peca pelo pavio curto.

Oito jogos, oito vitórias, dezessete gols a favor, dois contra. Eis a campanha da Holanda nas eliminatórias, a primeira seleção europeia a se classificar para a Copa. Foi uma contundente resposta à decepção vivida na Euro 2008, quando o time encantou na primeira fase e decepcionou ao cair diante da Rússia. Agora, o estilo ultraofen-sivo deu lugar a um esquema mais balanceado, com jogadores que confundem os adversários com trocas constantes de posição e tocam a bola com paciência, esperando o momento certo do bote. Essas são as armas do treinador Bert van Marwijk para pôr fim ao "quase" da Holanda em Mundiais, vice em 1974 e 1978. Já não há a mágica do "Carrossel" de Cruyff e cia. de 1974, mas a seleção laranja é sempre perigosa.

Fique de olho

Arjen Robben, 26 anos
Bayern de Munique (Alemanha)
Um azougue pelos lados do campo, com arrancadas fulminantes, dribles rápidos e chutes imprevisíveis.



Camarões [Surpresa]

Ingenuidade é coisa do passado


O craque

Samuel Eto’o, 29 anos
Inter de Milão (Itália)
Depois de brilhar no Barcelona ao lado de Ronaldinho Gaúcho, o capitão camaronês tornou-se um dos maiores atacantes do mundo. Rápido e habilidoso, é o líder e a grande esperança de gols da seleção. O problema: se ele for bem marcado, a equipe perde poder ofensivo.

A classificação da seleção camaronesa para a Copa marca um recorde: é a equipe africana que mais vezes (seis) disputou o torneio. É uma compensação ao fracasso de 2006, quando Camarões nem sequer passou pelas eliminatórias. O time é experiente, tem quatro jogadores que estiveram em 2002 na Coreia-Japão: Samuel Eto’o, Kameni, Rigobert Song e Geremi. Convém esquecer, desta vez, a ingenuidade e a displicência das equipes anteriores, como a de Roger Milla, surpresa efêmera em 1990.

Fique de olho

Alexandre Song, 22 anos
Arsenal (Inglaterra)
Por sua versatilidade, virou titular do Arsenal, no qual joga como zagueiro, volante ou lateral direito.




Dinamarca [Surpresa]

Tradição escandinava


O craque

Nicklas Bendtner, 22 anos, ganhou espaço rapidamente no time titular do Arsenal inglês. Alto (1,91 metro) e forte, destaca-se não somente pela jogada aérea e pela velocidade, mas por servir bem os colegas.

Esqueça a Dinamáquina, time que encantou o mundo em 1986, e também a seleção de 1998, eliminada pelo Brasil nas quartas de final. A equipe atual não tem o brilho desses times, menos ainda o talento de Michael Laudrup, presente nos dois Mundiais. Mesmo assim, o time de Morten Olsen, de 60 anos, é do tipo que sempre dá trabalho. Deixou para trás a Suécia de Ibrahimovic e o Portugal de Cristiano Ronaldo nas eliminatórias e, mesmo num grupo complicado, quer mais uma vez ocupar o papel de azarão.

Japão [Zebra]

Os melhores da Ásia

O craque

Shunsuke Nakamura, 31 anos, do Yokohama Marinos, é fundamental na armação de jogadas. Meia canhoto, é ao mesmo tempo habilidoso e veloz. Já atuou na Itália, na Espanha e na Escócia.

Mais bem preparada seleção da Ásia nas últimas décadas, com três títulos do continente em cinco disputados, a equipe japonesa vai a sua quarta Copa consecutiva com ambição alta. "Meu objetivo é a semifinal", exagera o treinador Takeshi Okada, de 53 anos, o mesmo que levou a seleção a um Mundial pela primeira vez, em 1998. O problema é a falta de gols, preocupação recorrente há tempos. Solução? Um atacante isolado na frente e meias hábeis e velozes.

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