quinta-feira, 10 de junho de 2010

Guia da Copa


GRUPO A
África do Sul [Zebra]

A esperança que vem das arquibancadas
A África do Sul tem um temor a lhe pesar sobre os ombros: a possibilidade de entrar para a história como o primeiro país-sede a não passar da fase inicial. Carlos Alberto Parreira não esconde os problemas do time. Falta poder ofensivo, e boa parte dos candidatos a titular não joga com frequência por seus clubes. A marcação, em contrapartida, é dura e implacável, a ponto de receber críticas do presidente da Fifa pelo antifutebol e pela escassez de gols. O combustível para o sucesso passa pelo poder das vuvuzelas, as cornetas que atazanam os adversários nas arquibancadas do país, e pela esperança de uma boa surpresa, como a vivida na Copa das Confederações de 2009, quando o time chegou em quarto lugar.

O craque
Steven Pienaar, 28 anos
Everton (Inglaterra)
Mais habilidoso jogador dos Bafana Bafana, o meia atacante Pienaar funciona como o maestro da equipe e o principal caminho de gols. Além de criar jogadas tanto pela direita quanto pela esquerda, tem qualidade para finalizar. Fez parte do elenco que foi à Copa de 2002, mas não entrou em nenhuma das três partidas. Desta vez, em casa, será protagonista.

Segundo Bernardo, o governo estuda uma alternativa para o veto ao reajuste de 7,7%. "Ficou muito difícil, porque se ele vetar, não poderá fazer outro reajuste, vamos ter de ver qual é a alternativa para resolver esse problema.", disse o ministro. "Temos de dar um reajuste, porém não pode ser tudo isso que o Congresso está propondo", afirmou Mantega.
Bernardo disse ainda que seria importante para o governo dar um sinal claro de compromisso fiscal vetando não só a extinção do fator previdenciário, cálculo usado para reduzir o valor dos benefícios de quem se aposenta mais cedo, mas também o índice de reajuste. "O que nós assumimos o compromisso é dar 6,14%. O projeto que veio do Congresso não nos dá alternativa de vetar os 7,7% e voltar aos 6,14%. Então nós estamos estudando."
Em ano eleitoral, a votação de reajuste para aposentados se torna ainda mais sensível e potencialmente explosivo para o governo. Os parlamentares não querem se desgastar com o eleitorado nem aparecer votando índices menores de correção. Prova disso é que o reajuste maior foi aprovado pela Câmara e o Senado. Agora, a tarefa de contrariar os aposentados ficou nas mãos de Lula.

Foto: Roberth Romano/Ultra-X Images


França [Surpresa]
Como sobreviver sem Zinedine Zidane


O craque
Franck Ribéry
, 27 anos
Bayern de Munique (Alemanha)
Desconhecido na Copa de 2006, o habilidoso meia ofensivo logo se converteu no principal nome da seleção francesa. Ambidestro, alia velocidade pelas pontas com dribles desconcertantes, alternando-se pelos dois lados do campo. Chamam atenção as cicatrizes no rosto, marcas de um acidente de carro sofrido aos 2 anos.
O vice-campeonato mundial na Alemanha, quatro anos atrás, marcou o fim da geração mais vitoriosa do futebol francês, liderada por Zinedine Zidane. Daquele time que levantou a taça em 1998 e conquistou a Eurocopa de 2000, apenas Henry ainda faz parte da equipe. No papel, os novos Bleus prometem. Têm jogadores jovens e de destaque nos principais clubes europeus. Na prática, porém, o técnico Raymond Domenech ainda não conseguiu transmitir confiança. Favorita em seu grupo nas eliminatórias, a França só garantiu sua vaga na repescagem graças a um polêmico gol de Gallas, contra a Irlanda, depois de Henry ter ajeitado a bola com a mão.




Fique de olho
Yoann Gourcuff, 23 anos
Bordeaux (França)
Meio-campista habilidoso, capaz de dribles refinados e passes precisos. O estilo elegante lhe rendeu o apelido de Pequeno Zidane.


Foto: Roberth Romano/Ultra-X Images


México [Surpresa]
Experiência asteca

O craque
Cuauhtémoc Blanco
, 37 anos, do mexicano Tiburones Rojos, vai à sua terceira Copa na condição de herói da classificação. Fez história ao criar um drible em que prendia a bola com os dois pés e saltava para fugir da marcação.

A seleção mexicana teve dificuldades nas eliminatórias para chegar à sua quinta Copa do Mundo consecutiva. A classificação veio apenas depois da demissão do treinador sueco Sven Göran Eriksson, substituído por Javier Aguirre. O mexicano convenceu o veterano Cuauhtémoc Blanco a deixar a aposentadoria e liderar a legião de jovens talentosos que em 2005 conquistou o Mundial Sub-17. Capitaneada pelo barcelonista Rafa Márquez, a equipe asteca equilibra bem os setores ofensivo e defensivo. Pode ir longe.

Uruguai [Zebra]
Respeito histórico

O craque
Diego Forlán
, 31 anos, do Atlético de Madrid, é filho do ex-são-paulino Pablo Forlán. O atacante chama atenção pela frieza com que finaliza. Ambidestro, destaca-se também pela eficiência com a cabeça e pela ótima movimentação no gramado. Roberth Romano/Ultra-X Images

Há tempos longe de estar entre as principais forças da América do Sul, o Uruguai só chegou à Copa depois de vencer a Costa Rica na repescagem das eliminatórias. Mesmo sem avançar à segunda fase desde 1986, a seleção uruguaia ainda impõe respeito, sobretudo por contar com nomes de destaque, como Diego Forlán e Luis Suárez. A característica da equipe é a marcação forte, muitas vezes exagerada, personificada pelo capitão Diego Lugano, ex-São Paulo.