sábado, 12 de junho de 2010

GRUPO C

Inglaterra [Favorito]
Futebol inglês com tempero italiano

O craque
Wayne Rooney, 24 anos
Manchester United (Inglaterra)
Desde os 16 anos, este forte e corpulento atacante já despontava como um dos maiores do planeta. Seu chute é potente e preciso, sua arrancada, fulminante, além de ele crescer em jogos decisivos - mas se irrita com facilidade. O problema: chega à África do Sul em recuperação de uma lesão no tornozelo direito.
Dois anos atrás, a seleção da Inglaterra assistia pela TV à Eurocopa. Desapontados por não terem se classificado para o torneio, os ingleses lamentavam o fim da geração de ouro liderada por David Beckham, no campo e no marketing. Hoje, raros são os analistas que não põem o time entre os favoritos em 2010. O motivo? O técnico italiano Fabio Capello. Ele devolveu o moral à equipe, controlou brigas e impediu que o escândalo do jogador que teve um caso com a mulher de outro demolisse a coesão da equipe. Há excelentes nomes na defesa (Terry, o que teve uma relação extraconjugal com a esposa do lateral Bridge, e Ferdinand), no meio de campo (Gerrard e Lampard) e no ataque (o destaque é Rooney).


Estados Unidos [Surpresa] É o caso de repetir Obama: Sim, eles podem

O craque
Landon Donovan, 28 anos
Los Angeles Galaxy (Estados Unidos)
Meia-atacante experiente, com passagens frustrantes pela Alemanha e a caminho de sua terceira Copa do Mundo consecutiva. Rende bem pelos lados do campo ou atrás do principal atacante. Polêmico, foi contra a contratação de David Beckham pelo Galaxy. Dado a arroubos preconceituosos, costuma ter problema com jogadores latinos.
A surpreendente campanha dos Estados Unidos na Copa das Confederações, quando eliminaram a Espanha nas semifinais e abriram 2 a 0 no Brasil na decisão (perderam por 3 a 2), deixou a impressão de que o país finalmente entendeu o que é futebol. Boa parte dos jogadores atua em clubes europeus e tem experiência de já ter participado de outras Copas. O destaque é o espírito de equipe. São candidatíssimos a uma vaga nas oitavas de final. Futebol nos Estados Unidos já não é piada. Os ingleses têm uma brincadeira - dizem que caíram no melhor grupo desde os Beatles. É bom ficarem atentos aos americanos.


Fique de olho
Jozy Altidore, 20 anos
Hull City (Inglaterra)
É a grande esperança de gols do time. Mal comparando, descontada a genialidade, tem o estilo de Ronaldo Fenômeno quando este era magro.






Foto: Roberth Romano/ Ultra-X Images



Eslovênia [Zebra]

Ferrolho na retranca

O craque
Robert Koren, 29 anos, é o capitão esloveno. Funciona como uma espécie de marcador de ritmo no meio-campo. Se está bem, o time rende. Quando bem marcado, desaparece em campo e derruba o rendimento.
Nas eliminatórias, a Eslovênia - ex-República da Iugoslávia - venceu o futebol tradicional de checos e poloneses. Ficou em segundo lugar, atrás apenas da Eslováquia em seu grupo, e foi para a repescagem contra a poderosa Rússia. O time não é espetacular, mas chega à segunda Copa. Treinada por Matjaz Kek, de 48 anos, um especialista em táticas, a equipe se destaca pela defesa forte, que sofreu apenas seis gols em doze jogos na fase de classificação.




Argélia [Zebra]
Jogo à francesa


O craque
Karim Ziani, 27 anos, rende bem em qualquer posição do meio-campo e chama atenção pelas arrancadas em direção ao gol, seja pelo meio, seja pelos lados do campo. Erra muito quando quer resolver a partida sozinho.
A chave para o retorno argelino a uma Copa 24 anos depois de sua última aparição reside na diáspora de jogadores nascidos na França, filhos de argelinos. Ao contrário de Zidane, eles preferiram honrar a origem de seus pais a vestir o azul francês. Comandado por Rabah Saadane, de 64 anos, o mesmo técnico de 1986, o time surpreendeu ao tirar o Egito do Mundial e se tornar o único representante da África muçulmana. Se corrigir a falta de poder ofensivo, pode arrancar pontos dos adversários.


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