quarta-feira, 16 de junho de 2010

GRUPO H

Espanha [Favorita]

Em busca de fôlego para os jogos do mata-mata


O craque

Xavi Hernández, 30 anos
Barcelona (Espanha)
Seja com a camisa azul-grená barcelonista, seja com a vermelha da Espanha, Xavi funciona como um metrônomo. Dita o ritmo do jogo com seus passes rápidos e lançamentos precisos e ainda cobra falta com maestria.

A conquista da Eurocopa, em 2008, pôs fim a uma longa fila de 44 anos sem títulos e à fama de amarelar em momentos difíceis. O sucesso espanhol pega carona na boa fase do Barcelona, sobretudo pelo bom momento da dupla Xavi e Iniesta, responsáveis pela qualidade nos passes e pela rapidez com que a bola chega aos atacantes. O sucesso dos jogadores em seus clubes, contudo, traz problemas. O excesso de jogos levou às baixas de Xavi, Fabregas e do atacante Fernando Torres, que chegam à Copa longe das condições ideais. O time é forte, mas já provou não ser infalível na Copa das Confederações, quando ficou apenas com o terceiro lugar. Sem seus principais nomes, perde muito - e ainda precisa provar que pode, sim, conquistar grandes troféus.

Fique de olho

Cesc Fabregas, 23 anos
Arsenal (Inglaterra)
Dono do meio-campo em seu clube, passa bem a bola e tem boa visão de jogo. Na Espanha, é um reserva de luxo, o 12º jogador.



Chile [Surpresa]

Depois do terremoto, a pátria de chuteiras


O craque

Humberto Suazo, 29 anos
Zaragoza (Espanha)
Quando perguntam a Suazo sua profissão, a resposta, divertida, vem na ponta da língua: "goleador". Herdeiro natural dos artilheiros Salas e Zamorano, tem boa noção de posicionamento e chuta com muita força. Para ganhar mais destaque, precisa apenas aprender a parar de discutir com árbitros, o que só prejudica a equipe.

Muito criticado quando foi anunciado para o comando da seleção chilena, o argentino Marcelo Bielsa teve a paciência necessária para provar que valia cada centavo pago por seus serviços. Terminou as eliminatórias em segundo lugar, atrás apenas do Brasil, e repôs a equipe em uma Copa depois de doze anos. Seu trabalho marcou o fim da era da dupla de atacantes Salas-Zamorano e lançou uma geração de jovens confiantes. A seleção vai à África do Sul empolgada e moralmente fortalecida: o torneio, após o terremoto do início do ano, tem servido de motivação aos jogadores, algo como uma faísca de felicidade em meio a tanta tristeza. É a psicologia a favor do esporte. Pode funcionar.

Fique de olho

Alexis Sánchez, 21 anos
Udinese (Itália)
Destaque no terceiro lugar no Mundial Sub-20, o atacante ganhou o apelido de Menino Maravilha pelos dribles fáceis e objetivos.




Suíça [Zebra]

Previsível como um relógio


O craque

Tranquillo Barnetta, 25 anos, do alemão Bayer Leverkusen, é um dos maiores talentos do futebol suíço na atualidade. Cumpre bem qualquer papel no meio-campo, mas rende melhor pelas laterais. Lembra David Beckham na bola e na pinta.

Os suíços chegam a sua segunda Copa consecutiva pela primeira vez desde 1966. Em 2006, na Alemanha, foram eliminados com duas vitórias e dois empates, sem sofrer gols. Composta de uma base formada em 2002 ainda nas categorias de base e repleta de bons valores, como Barnetta, Frei, Behrami e Senderos, a equipe se destaca pelo poder defensivo, mas é previsível e burocrática. A chegada do treinador Ottmar Hitzfeld, de 61 anos, é a arma que permite sonhar na briga com o Chile pela segunda colocação do grupo.

Honduras [Zebra]

Mera figuração

O craque

David Suazo, 30 anos, dividiu com Kaká o prêmio de melhor estrangeiro na Itália em 2006. Apelidado de A Pantera por sua velocidade, foi o primeiro centro-americano a levantar um título italiano, em 2008, pela Inter de Milão.

O retorno de Honduras a uma Copa do Mundo depois de 28 anos coroa uma geração que há tempos ganha espaço na Europa. É o caso do atacante Suazo, na Itália, e do volante Wilson Palacios, na Inglaterra. O técnico colombiano Reinaldo Rueda, de 53 anos, aposta que seu time fará mais do que apenas figuração na África do Sul. Chegar às oitavas é improvável, mas a forte marcação é certeza de dificuldades para os adversários. E quem tropeçar nos catrachos dificilmente passará de fase.

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